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Te usamos, te descartamos!

Oi Galera!

Hoje, eu fui assistir ao filme Cinquenta tons de cinza (talvez eu escreva algo a respeito do filme depois) e algo interessante aconteceu no ônibus na volta.
Sai do shopping às 18:15 e quem mora na cidade de São Paulo sabe o que isso significa, RUSH TIME ou o lindíssimo HORÁRIO DE PICO. E daí que, rica como eu sou, peguei um ônibus para voltar para casa. Ok, nenhum problema em andar de ônibus - em horários normais. Quem é paulistano sabe como é praticamente desumano o transporte público nos horários de pico, mas não foi meu caso.  :)
Mesmo assim, o ônibus estava todo ocupado, o que não interessa em nada no que quero dizer. O fato é que enquanto eu estava sentada ao lado de uma mulher, ela me disse "não estou em banco preferencial, se subir idoso eu não levanto! Esses velhos não têm nada para fazer e ficam batendo perna o dia todo!". Isso me incomodou um pouco. Educadamente, eu respondi que é de total direito dos idosos passearem mesmo se for a lazer. Afinal de contas, eles trabalharam por muitos anos da vida e agora têm esse direito. Ela teve que concordar, porque é verdade.
Eu acho curioso como eu ouço esse tipo de comentário com frequência! Essa realmente é a mentalidade de grande parte dos brasileiros, o que me entristece bastante. É esse tipo de respeito com o próximo e educação que estamos transmitindo às nossas crianças, e adivinha: elas vão nos dizer o mesmo quando estivermos velhos. Fantástico, não é? Ou quando você se torna o idoso em questão, as coisas parecem mudar de perspectiva? Claro que não, você não deve ser tão hipócrita assim.
Sinceramente, foda-se para onde o idoso está indo, porque não é da sua conta! E se ele não paga passagem e tem banco preferencial reservado, isso é direito adquirido dele. É o mínimo que a sociedade pode fazer por um ser humano que já trabalhou por anos e agora, merece descansar com dignidade. E mesmo se não tiver trabalhado a vida toda, é um idoso e não um boneco!
Aliás, os bancos preferenciais só precisaram ser criados porque as pessoas precisam de leis que as obriguem a respeitar idosos, gestantes e pessoas com criança de colo. Concordo que quem deve se levantar primeiro é quem está no banco preferencial sem ser do grupo prioritário, pois a regra é clara. Mas estando todos os preferenciais cheios, é obrigação de qualquer cidadão com bom senso levantar para as pessoas mais necessitadas.
Esse discurso de aversão e desrespeito me lembrou uma notícia de 2013, em que o ministro de finanças do Japão disse que os idosos deveriam "se apressar e morrer". Ver notícia no G1
Não preciso nem dizer o que eu acho a respeito desse comentário infeliz do ministro né? Como ouvir isso de um japonês que, por sua idade, também ajudou a levantar e reconstruir o país depois da Segunda Guerra Mundial e o triste caso das bombas atômicas? Esses idosos merecem todo o respeito - como qualquer um - e mais ainda por terem feito o Japão se levantar de forma tão bem-sucedida e tão rápida.
É muito fácil pensar nas pessoas como meros robôs que existem para servir o país enquanto estão em "bom funcionamento" e depois são descartados como se fossem lixo. Chega a ser revoltante pensar no papel que o ser humano passou a desempenhar na sociedade, passamos a ser vistos como "coisa", "mercadoria produtiva" e descartável. Os adultos que hoje sustentam a aposentadoria da terceira idade, muitas vezes, reclamam e falam como se considerassem o ser humano um "robô que deve gerar riqueza". Não é revoltante ouvir "esse velho não faz nada e eu tenho que pagar aposentaria para ele/ levantar para ele no transporte"? Para mim, sim.
Então, para finalizar, eu acho que as pessoas deveriam buscar um pouco mais de humanidade dentro de si, tentar trocar de lugar com os outros e pararem de ser tão egoístas. O mundo não gira em torno do nosso umbigo, é bom sempre ter um pouco de humildade para lembrar disso sempre.

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