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BRASIL: um perigo às MULHERES

Oi galera!
Essa semana na internet, uma das notícias mais compartilhadas foi essa (G1 ou Ranking Daily Mail) em que diz que o Brasil está em 2º lugar dos 10 países mais perigosos para mulheres viajarem. Recebi essa notícia de forma triste, mas ao mesmo tempo reconheço que é verdade. Quem é brasileira sabe que este país é de fato muito machista e sua cultura é sim fator que colabora para isso.
Moramos num país tropical e de clima bem quente, o que justifica em grande parte nossas vestimentas, como biquínis pequenos e roupas curtas. Seria ilusão considerar que o uso de tais roupas se dá pela tolerância, respeito e liberdade que as mulheres recebem. Mesmo com nosso clima quente e o sol que parece cada vez mais próximo da terra (mas só parece mesmo haha), as mulheres são sempre alvos de comentários maldosos e que denigram sua imagem com base no que estão vestindo. Coerente? Claro que não!
A cultura que culpa as vítimas ao invés dos agressores, justificando estupros com base no tamanho daquilo que a vítima usa, dizendo que a “tal horário” mulher “que presta” não sai sozinha ou que fala que “aquilo” não é lugar de mulher, não poderia receber outro título senão o que o jornal inglês Daily Mail deu: cultura machista!
Recebi a notícia com tristeza por perceber como a nossa situação é ruim até mesmo se comparado com o mundo em geral. Quando imaginaria que o Brasil – com toda essa liberdade aparente – seria pior do que países assumidamente machistas em que mulheres adúlteras são vítimas de apedrejamento ou em que mulheres sequer podem dirigir? Por outro lado, entendo que é bom mostrar a todos a gravidade da nossa situação.
Não é para se espantar que a mãe da cantora Taylor Swift não tenha deixado ela vir ao Brasil. A questão é, será que pelas mulhes estrangeiras as autoridades se mobilizarão? Quem sabe, perdendo dinheiro com turismo os órgãos competentes não tomam providências? Já que as nossas mulheres não são o bastante para uma atitude,  que percam com turismo e façam alguma coisa. É triste perceber como não somos prioridade, mas é a pura verdade. 
Enquanto saímos à luta por mais igualdade, ainda existem pessoas que julgam desnecessário ou exagero demais. Então, MUNDO, perceba que não é exagero a causa feminista, ok? Muitos não conseguem ter dimensão das restrições vividas por nós todos os dias, talvez por não serem mulheres ou talvez por pertencerem a classes sociais que permitem maior segurança.
Infelizmente, essa segregação social faz com que pessoas com poder aquisitivo maior não dimensionem os perigos constantemente vividos no dia a dia da maior parte dos brasileiros. E pior, essa maioria quantitativa é a que menos tem voz ativa para reivindicar mais cuidados. Quando foi que mulher da periferia foi prioridade? 

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Itaipava: Como NÃO fazer propaganda!

 Hello, little friends!
Hoje, eu aprendi como NÃO fazer propaganda com a queridíssima Itaipava! Essa cerveja já não é das melhores e agora também seus comerciais são horríveis! Eu assisti alguns e a sensação que tive foi uma vontade de ficar cega e surda, mas eu me contive e continuei assistindo para ver se havia sido um pequeno deslize. Não, o canal do Youtube "Itaipava Pilsen" está cheio de propagandas ruins, machistas e que não fazem sentido!
As marcas de cerveja, em geral, têm esse costume abominável de associar mulheres com corpos esculturais a seus produtos. É a antiga, porém ainda usada, coisificação da mulher para chamar a atenção do consumo masculino, assim como uma isca que atrai o peixe. E pior, quem disse que quem toma cerveja é HOMEM? E olha, mesmo não tendo propagandas de caráter apelativo com homens sarados com poucas roupas nas propagandas, eu tomo a maldita da cerveja! Por que diabos alguns publicitários acham que vão vender mais bebida colocando as mulheres numa posição que oscila entre prêmio e objeto de uso?
Se eu fosse publicitária (assassinando meus maiores valores atuais), tomaria essas propagandas como uma grande lição sobre como NÃO fazer as minhas. Eu fiquei me perguntando "O que nesse (lixo de) comercial me faria comprar essa cerveja?" e eu não encontrei resposta alguma porque os comerciais não destacam nenhum atributo do produto nem nada relacionado à maldita da cerveja. Eu também fiquei em dúvida sobre qual era o verdadeiro produto: a cerveja ou a garçonete? 
A impressão que eu tive é de que a Itaipava é tão ruim que precisa vender a garçonete (chamada Vera, com apelido Verão) para conseguir fazer alguém beber aquilo. Ou seja, ridículo. Escolhi três pérolas por ordem crescente de escrotidão:


Bom, aqui já percebemos como você deve respeitar sua cônjuge: olhando para a garçonete (que parece o principal produto da Itaipava). "Vamos te ensinar a desrespeitar sua mulher sem que ela perceba. Assim, você faz ela de idiota enquanto você pensa que a garçonete é brinde da cerveja". Disso a famosa "Família Brasileira" não se queixa, né? Provavelmente, porque naturalizou esse tipo de atitude quando vinda de um homem.



Novamente, a Itaipava está vendendo a moça ao invés da cerveja. Nesse caso, parece mesmo que o brinde é a cerveja e a mulher o produto principal. Eu até diria que a marca está quase prostituindo a moça para ganhar dinheiro, até mesmo quando ela diz que vão conseguir vender todas. Eu acho que muitas garçonetes ficariam ofendidas com investidas como essas no seu ambiente de trabalho. Esse comportamento dos caras deveria ser desestimulado, afinal pense no transtorno que isso causaria na vida real. "Ah, mas isso é só um comercial" - isso, infelizmente, é formador de opinião, vende padrões de consumo e propaga ideias. Se um dia eu for garçonete, não vou querer que me tratem como parte do cardápio, vou querer respeito.


Agora, com vocês: Como respeitar o direito de uma mulher passar!
Eu entendo o trocadilho infeliz que a Itaipava tentou fazer, mas foi lamentável! Nesse momento, você ensina simplesmente como coagir uma mulher a seu bel prazer. No comercial diz "não deixe o verão passar" (já sabido que o apelido da garota é Verão). Ai eu te pergunto, que porra é essa? A Verão passa sim, e passa onde quiser porque é dona de seu direito de ir e vir. Tentar proibir isso é violência, abuso e merece ser punido.
Qual será a próxima pérola da Itaipava? "Agarre o Verão!" ou "Use e abuse do Verão"?



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50 tons daquela mesma ladainha

Oi galera!
Então, como eu disse no último post, assisti ao filme (que é sucesso mundial, dizem) Cinquenta tons de cinza. Eu não li o livro, só vi o filme mesmo e não achei tanta graça. Mas eu vou explicar.
Não vou criticar o fato do Grey gostar de certos fetiches na hora do sexo. Não considero machista porque sei que se trata de uma linha de fetiche chamada BDSM. Tenho uma amiga que se interessa por esses fetiches e me contou um pouco a respeito. Nessa espécie de jogo, existem homens dominadores, homens submissos, mulheres dominadoras e mulheres submissas, ou seja, não é um jogo machista, é democrático.
Sinceramente, eu não entendo esse nível de prazer em ver outra pessoa sentir dor ou em querer sentir tanta dor. Mas, eu vou respeitar as pessoas que gostam, porque o corpo é delas e é direito de cada um fazer o que quiser com seu corpo.
O fato é que eu achei a história muito clichê. Não me refiro a parte que eles fazem sexo, até porque é a parte que menos me interessou de fato. O filme é basicamente a respeito de um cara lindo, rico e sexy que se apaixona por uma garota sem nenhuma beleza especial, comum, insegura e tão sem graça quanto a nossa velha de guerra Bella Swan da saga Crepúsculo (cujos livros eu li e me apaixonei aos 14 anos).
Cinquenta tons de cinza e Crepúsculo têm muita coisa em comum! Eu fiquei chocada com as semelhanças porque me pareceu realmente uma versão Twilight +18. 
-Bella tinha pais separados e tinha que viajar para ver a mãe que morava numa cidade úmida, que por coincidência é exatamente a mesma situação de Anastasia Steele.
- Edward foi adotado por uma família rica (não interessa que sejam vampiros), o lindo do Grey também foi adotado por uma família rica (Ah, ambos tocam piano, acho que é chique isso hahaha).
- Bella é salva por Edward de ser estuprada por alguns caras num lugar esquisito e escuro. Ana é salva por Grey quando estava sendo forçada pelo "amigo" a beijá-la, a noite saindo da balada.
- Bella é salva por Edward de ser atropelada, Ana também.
- Bella era virgem e queria transar, Ana também.
- Bella tinha uma caminhonete velha, Ana tinha um fusca velho.
- O Grey diz que Ana tem que se afastar dele como se não pudessem ficar juntos, mas depois muda de ideia. Edward viaja para longe de Bella (no Lua Nova) para preservá-la, eles "não podiam ficar juntos", mas eles voltam depois.
- Carros caros na garagem de Edward e, adivinha, carros caros na garagem de Grey.
- No livro, falam sobre Bella e Edward terem quebrado a cama e várias coisas do quarto indicando uma noite de sexo insana, Bella acorda até com hematomas (ui!). No 50 tons, o Grey (que diz foder com força - ui!) também curte umas coisas insanas.


Essas são as semelhanças que eu me lembro agora, talvez haja outras. A questão é que quando saíram as críticas do Crepúsculo, ouvi pessoas dizerem que Bella era comum em todos seus aspectos para que garotas comuns se identificassem e se apaixonassem pela chance de terem homens tão "incríveis". Essa ladainha de querer simular um homem "perfeito" para conquistar as moças normais é bem velha já. Sempre o "boy magia" irreal mostrando um mundo novo para a moça sem graça do filme. Tão "inovador" que não seria exagero chamar a Cinderela para nos contar como se sente ao ver sua história (a grosso modo) se repetindo em pleno 2015. Deixar de servir suas irmãs numa vida de pobreza só foi adequado aos padrões do século XXI, em que a pobreza está expressa no carro antigo e na vida normal de quem não costuma pilotar um helicóptero ou fazer coisas do tipo. 
Sem contar que essa história deles serem ricos me incomoda um pouco. Já fui obrigada a ouvir gente irritante dizer "quem gosta de homem é gay, mulher gosta é de dinheiro". Esses filmes que idealizam caras ricos me dão a impressão de reforçarem esse esteriótipo machista. Não estou falando "se for rico, foge", mas poxa vida, coloca um cara normal, com um carro popular que goste de fazer mochilão e que seja simples, só para variar. Amor sempre relacionado à conta bancária? Não né! Ou então uma mulher rica que se apaixone por um rapaz dirigindo fusca e tão sem graça como as senhoritas que mencionei a cima. Dinheiro, sucesso e beleza surreal não vêm com a testosterona. Sempre um "super boy" conquistando a "coitadinha" que vai se sentir amada... CLICHÊ e até machista sim!
É isso gente, espero que tenham gostado. Beijos!

Fonte das fotos:

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Te usamos, te descartamos!

Oi Galera!

Hoje, eu fui assistir ao filme Cinquenta tons de cinza (talvez eu escreva algo a respeito do filme depois) e algo interessante aconteceu no ônibus na volta.
Sai do shopping às 18:15 e quem mora na cidade de São Paulo sabe o que isso significa, RUSH TIME ou o lindíssimo HORÁRIO DE PICO. E daí que, rica como eu sou, peguei um ônibus para voltar para casa. Ok, nenhum problema em andar de ônibus - em horários normais. Quem é paulistano sabe como é praticamente desumano o transporte público nos horários de pico, mas não foi meu caso.  :)
Mesmo assim, o ônibus estava todo ocupado, o que não interessa em nada no que quero dizer. O fato é que enquanto eu estava sentada ao lado de uma mulher, ela me disse "não estou em banco preferencial, se subir idoso eu não levanto! Esses velhos não têm nada para fazer e ficam batendo perna o dia todo!". Isso me incomodou um pouco. Educadamente, eu respondi que é de total direito dos idosos passearem mesmo se for a lazer. Afinal de contas, eles trabalharam por muitos anos da vida e agora têm esse direito. Ela teve que concordar, porque é verdade.
Eu acho curioso como eu ouço esse tipo de comentário com frequência! Essa realmente é a mentalidade de grande parte dos brasileiros, o que me entristece bastante. É esse tipo de respeito com o próximo e educação que estamos transmitindo às nossas crianças, e adivinha: elas vão nos dizer o mesmo quando estivermos velhos. Fantástico, não é? Ou quando você se torna o idoso em questão, as coisas parecem mudar de perspectiva? Claro que não, você não deve ser tão hipócrita assim.
Sinceramente, foda-se para onde o idoso está indo, porque não é da sua conta! E se ele não paga passagem e tem banco preferencial reservado, isso é direito adquirido dele. É o mínimo que a sociedade pode fazer por um ser humano que já trabalhou por anos e agora, merece descansar com dignidade. E mesmo se não tiver trabalhado a vida toda, é um idoso e não um boneco!
Aliás, os bancos preferenciais só precisaram ser criados porque as pessoas precisam de leis que as obriguem a respeitar idosos, gestantes e pessoas com criança de colo. Concordo que quem deve se levantar primeiro é quem está no banco preferencial sem ser do grupo prioritário, pois a regra é clara. Mas estando todos os preferenciais cheios, é obrigação de qualquer cidadão com bom senso levantar para as pessoas mais necessitadas.
Esse discurso de aversão e desrespeito me lembrou uma notícia de 2013, em que o ministro de finanças do Japão disse que os idosos deveriam "se apressar e morrer". Ver notícia no G1
Não preciso nem dizer o que eu acho a respeito desse comentário infeliz do ministro né? Como ouvir isso de um japonês que, por sua idade, também ajudou a levantar e reconstruir o país depois da Segunda Guerra Mundial e o triste caso das bombas atômicas? Esses idosos merecem todo o respeito - como qualquer um - e mais ainda por terem feito o Japão se levantar de forma tão bem-sucedida e tão rápida.
É muito fácil pensar nas pessoas como meros robôs que existem para servir o país enquanto estão em "bom funcionamento" e depois são descartados como se fossem lixo. Chega a ser revoltante pensar no papel que o ser humano passou a desempenhar na sociedade, passamos a ser vistos como "coisa", "mercadoria produtiva" e descartável. Os adultos que hoje sustentam a aposentadoria da terceira idade, muitas vezes, reclamam e falam como se considerassem o ser humano um "robô que deve gerar riqueza". Não é revoltante ouvir "esse velho não faz nada e eu tenho que pagar aposentaria para ele/ levantar para ele no transporte"? Para mim, sim.
Então, para finalizar, eu acho que as pessoas deveriam buscar um pouco mais de humanidade dentro de si, tentar trocar de lugar com os outros e pararem de ser tão egoístas. O mundo não gira em torno do nosso umbigo, é bom sempre ter um pouco de humildade para lembrar disso sempre.

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Interesse pela vida

Oi galera!
Bom, como diz na chamada à direita, tenho o triste acontecimento de uma amiga com leucemia estar hospitalizada. Estive pesquisando um pouco mais a respeito da doação de medula óssea e vi que eu sabia praticamente NADA a respeito disso. Conversando com minha família vi que eles também sabem basicamente nada sobre esse tipo de doação.
Comecei a me questionar como uma coisa tão importante para a saúde pública é negligenciada pelos órgãos competentes. Sim, negligenciada por aqueles que deveriam divulgar: o governo, a mídia e as escolas (basicamente esses três, pelo menos).
Pesquisando, eu descobri que a chance média de compatibilidade está por volta de 1 a cada 100.000 (cem mil). Vou repetir: UM a cada CEM MIL!! Você consegue imaginar isso? Eu não consigo. Pense que você tem uma doença que vai te matar - um câncer, e você sabe que uma pessoa dentro de um grupo de 100.000 tem a cura dessa sua doença. O que você gostaria de fazer? Reunir o maior número de pessoas, não é mesmo? Provavelmente sim, espero.
Pois é, você pode ser o tipo de pessoa que desistiria por saber que é muito difícil encontrar um doador compatível, MAS eu proponho o seguinte raciocínio: Cada portador de leucemia precisa de um doador, certo? Se cada brasileiro saudável (dentro das restrições para doação) for um voluntário para doação, estará sendo o "UM" de alguém!
Ai partimos para outro problema: Como fazer cada brasileiro saudável se cadastrar como possível doador????? Incentivando com campanhas, propagandas e INFORMAÇÃO.
Eu fico boba quando observo como somos desinformados com coisas tão importantes como essa. Doação de sangue salva tantas vidas! Mas os hemocentros vivem clamando por doações porque muitas vezes falta sangue. Mas pior ainda é a questão da doação de medula que as pessoas muitas vezes não se propõe a doar por falta de conhecimento sobre os procedimentos.
Quanto custaria um tempo razoável de propagandas em televisão e rádio em prol de causas tão nobres como essas? Afinal de contas, é muito viável fazer campanha eleitoral para ganhar votos, enquanto fazer campanha para salvar vidas não é feito. Bacana ver que votos valem mais do que vidas!
A doação de medula é um buraco na cabeça das pessoas, sem informação nenhuma! Você sabia que só será chamado para a coleta da medula caso você seja identificado como o doador compatível de alguém que precisa? Essa prova para ver a compatibilidade é feita por uma amostra de sangue que você tira para se cadastrar como voluntário. 
E a coleta da medula, é feita como?? Ela é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias.
Caso você não tenha entendido a importância de uma doação dessa, eu vou dizer com outras palavras: VOCÊ PODE SER A CURA DO CÂNCER DE ALGUÉM!
Eu queria que a mídia não se importasse só em fazer propagandas de caráter capitalista, pensando somente em ganhar dinheiro fazendo as pessoas comprarem coisas compulsivamente. Seria bom ver um pouco de filantropia verdadeira por ai. 
Pessoas estão se submetendo a tratamentos fortíssimos e super pesados como quimioterapias, enquanto poderiam estar sendo salvas com pequenos gestos.
Se você quer saber o hemocentro mais próximo de você que faz esse tipo de procedimento, acesse: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=2639

Mais informaçõeshttp://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=64

Não vou pedir para você me seguir em nenhum lugar hoje.
Só peço que você se cadastre como doador de medula óssea!
Informe o maior número de pessoas sobre os procedimentos.
Se você já é um doador, parabéns! O mundo precisa de mais gente assim!

*PS.: Se você puder lançar alguma corrente do bem em seu serviço/ escola/ faculdade/ igreja/ clube/ família etc. seria de grande ajuda. E eu adoraria saber e publicar a história com (ou sem) fotos aqui no blog.

Zorra Total - Rede Globo - Palhaçada

Oi galera!
Bom, não é segredo para ninguém que a programação da Globo é uma porcaria, né? Então, eu acabei de ter o desprazer de assistir uma parte da programação entre o BBB e o Zorra Total. O BBB é um programa sem conteúdo e eu nem vou perder meu tempo dizendo tudo que o mundo todo já sabe sobre ele.
Já no Zorra Total eu assisti alguns quadros e dois deles me chamaram muito a atenção.
Um casal nordestino tentando a vida em outra região, ok. Seria simples se durante o episódio não satirizassem os dois dando a entender que são xucros, desinformados e até mesmo burros. Os trajes bem simples, os dentes, o jeito de agir e falar, tudo isso extremamente ligado ao esteriótipo de que nordestino tem menos estudo e cultura que o resto do Brasil.
"Ah, mas é uma piada!" - Sim, uma piada mesmo porque não é a realidade! Existem pessoas brilhantes no nordeste. O Ceará é o estado que mais aprova gente no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica, que tem um vestibular simplesmente impossível). Por que será que a Globo não colocou um engenheiro bem-sucedido vindo do nordeste? Por que não colocou um médico, um advogado, cientista? 
Acontece que (principalmente) o sudeste e o sul são regiões que tem um imenso preconceito com o nordeste! Não é de hoje que paulistas falam sobre a vinda histórica dos nordestinos para São Paulo como um grande favor paulista. O que é uma grande mentira. São Paulo foi construída com muito suor nordestino e deve gratidão e respeito à eles, isso sim. Muito recentemente tive a tristeza de ver pessoas pedindo a separação de São Paulo do resto do país como se fossemos melhores que os outros, simplesmente ridículo. É muito comum aqui em São Paulo as pessoas dizerem "coisa de baiano" toda vez que vêem alguém com roupas que não combinam ou que chamem muito a atenção. Puro preconceito que passa até despercebido por ser tão comum.
Uma emissora de TV como a Globo fazer piadas ligadas a um esteriótipo já existente é alimentar um câncer da sociedade do sudeste/sul que é essa aversão sem propósito ao povo nordestino. Não dá para superar esse tipo de mentalidade enquanto a Rede Globo ensina as pessoas a ridicularizarem os outros. E pior, mesmo se quisermos esquecer o fato de serem nordestinos, então quer dizer que é bacana rir da sua conhecida só porque ela é mais humilde e tem menos estudos que você? Seria legal ver os outros rindo da sua ignorância? De qualquer forma, esse quadro é super elitista, por mais que não pareça. Tirar sarro da cara do pobre é legal? É esse o valor que a Globo está transmitindo: "Ria desse pobre coitado que se confunde todo por não ter tanto estudo quanto você, elite".



Agora, o outro quadro. Um rapaz homossexual é levado para um campo de batalha e precisa fingir ser hétero para o capitão. O problema está no fato do diretor desse quadro não saber separar algumas coisas, como coragem e sexualidade. Eu tive que ouvir que "macho" e "coragem" são palavras que só caminham juntas. 
Querido, "macho" só se relaciona ao sexo e não à personalidade. Primeiro de tudo, um homem homossexual não necessariamente deixa de ser macho (lembrando que também somos animais e essa nomenclatura é mais usada com bichos). Em segundo lugar, um homem gostar de homens não tira sua coragem, sua bravura nem nada do tipo. Em terceiro lugar, eu não preciso ter nascido com um pênis (sendo oficialmente macho) para também ser corajosa, brava e todas essas outras coisas.
Esse é outro problema que a Globo está alimentando. Ser homofóbico não é só arrebentar lâmpada fluorescente na cabeça de gay na av. Paulista. Ser homofóbico é fazer as piadas que estão sendo feitas associando a opção sexual de alguém à outras características da personalidade. 
Eu sei muito bem que, na novela Império, estão batendo bastante nessa tecla contra a homofobia, mas parece que a Globo gosta de dar um passo para a frente e dois para trás. 
Ser gay precisa parar de soar como uma ofensa! Colocar um personagem homossexual numa guerra e mostrar que ele não serve para a batalha só porque gosta de homens é incentivar essas ofensas sem fundamentos. Não dá para esperar ver mudanças na sociedade com a própria mídia alimentando. 
Vejo inúmeros homens héteros frouxos, sem coragem de enfrentar seus problemas, sem coragem de assumirem o que fazem. Também vejo vários homens homossexuais cheios de coragem para enfrentar não só seus problemas do dia-a-dia, como também os julgamentos da sociedade. São muito mais corajosos e mostram quem realmente são e suas escolhas. 
Ao invés de muitos héteros se ofenderem quando são chamados de gay (ou outros nomes do tipo), vocês deveriam se orgulhar. Pois tocar sua vida, enfrentar um mar de desocupados te julgando e tudo isso com muita dignidade, exige muito mais coragem do que segurar numa arma num campo de batalha. Mas o que esperar de uma população que continua usando a expressão "seja homem" como sinônimo de "seja destemido"?

Imagens: Globo.



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Mulher procurando homem? Não presta!

Oi, galera!
Com esse título ridículo já começo a escrever agoniada. Vou contar uma história real que aconteceu comigo. 
Em abril de 2014 fiquei solteira de um relacionamento de 3 anos. Então, um amigo meu me recomendou que baixasse um app chamado Tinder para conhecer caras novos e tudo o mais. Eu fiz a conta no app e adorei de verdade. Conheci gente bacana em pouco tempo, foi sucesso.
Ao sair do namoro de 3 anos que mais parecia uma prisão do que qualquer outra coisa (meu ex reclamava das roupas, amigos, do jeito, de tudo), eu decidi que não queria relacionamentos sérios, procurava somente rapazes legais com quem eu pudesse me relacionar como amigos coloridos e fim. Era um direito meu não querer namorar, e eu respeito quem escolhe o contrário.
Prosseguindo, eu passei 2014 inteiro usando o tal aplicativo e janeiro de 2015 também. Conheci algumas pessoas nada legais e que não prestavam também, mas esse é o risco de quem sai na chuva: se molhar. 
Acontece que o último rapaz que conheci pessoalmente e me envolvi tinha uma noiva há 2 anos - e estavam juntos há 3. Quando eu descobri (porque se ele não tivesse escondido, eu nem teria me relacionado), optei por contar à noiva dele. 
Mas o mais engraçado dessa história foram as tentativas de justificativa por parte dele. Coisas como "mulher que procura macho na internet..." e coisas que tiravam meu valor pelo fato de fazer a mesma coisa que ele fez: procurar alguém para se relacionar.
Eu fiquei pensando nisso por um bom tempo. A forma como as pessoas te enxergam pelo simples fato de você ser normal. Eu sou uma mulher normal, que procura pessoas novas e não há crime algum nisso! 
Não vou ficar trancada no alto de uma torre esperando um príncipe encantado aparecer, se interessar por mim e me escolher. Eu também posso procurar um príncipe que ME AGRADE, ESCOLHER por mim mesma, com a minha LIBERDADE. Eu sinceramente não acho que eu valha menos por fazer isso. É totalmente admissível, é um direito tão meu quanto dos homens que usam o Tinder. Por que diabos a mulher não pode demonstrar interesse? É a famosa divisão dos papéis em que as mulheres precisam fugir e fazer "doce", enquanto os homens se comportam como lobos à caça? Eu não posso então deixar a hipocrisia de lado e dizer "Sim, mundo! Eu quero alguém para me divertir, para sair, para transar!"? Eu preciso sempre negar as minhas vontades? 
Infelizmente, a sociedade ainda enxerga as mulheres como as pacatas moças adestradas a se proibir. "Não pode procurar homem", "Não pode chegar no cara na balada", "Não pode gostar de transar", "Tem que segurar ao máximo seus instintos e desejos". Ora, eu não vou fazer teatro de boa moça se eu quero transar. Quantos anos de diversão e prazer eu preciso perder na vida por culpa de tradições e machismos? Eu não preciso casar para poder usar meu corpo! E com licença, se você não entende isso e me julga por eu ser bem-resolvida com o que quero, ficar longe de mim é o maior favor que você me faz. Isso nem é para o cara que mencionei a cima, isso é para qualquer um que estiver lendo isso. Se você vai me dar valor baseado no tamanho da minha hipocrisia, fica longe de mim que é um favor.

Gente, esse foi meu desabafo sobre essa história que anda me sufocando. Muito obrigada por lerem e me ajudarem a por tudo isso para fora.

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O real direito de ir e vir.

Oi, galera.
Hoje, eu fui fazer minha matrícula na UNESP (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") para o curso de Engenharia Química - meu grande sonho. 
Acontece que eu sou de São Paulo e o campus da Unesp que tem meu curso é em Araraquara, basicamente 280km de distância. Ok, e daí? 
E daí que devido ao fato do meu pai ter que trabalhar e não poder ir comigo de carro, eu tive que ir de ônibus para lá. A questão é que cada passagem de ida/volta custa mais ou menos R$62,00, portanto ida e volta R$124,00. Começou o alvoroço! Minha mãe não queria que eu fosse sozinha fazer a matrícula na cidade. Porém, se ela fosse, gastaríamos só de passagem R$248,00. Muito caro!!
Ai tudo bem. Eu fui até lá, fiz a matrícula e deu tudo certo (tirando o fato de ter ficado 8h na estrada).
Eu estive pensando sobre as razões da minha mãe ter tido tanto medo em me deixar ir sozinha - porque ela tem de fato certa razão. 
Infelizmente, a sociedade não está preparada para ver uma jovem sozinha cuidando de sua vida sem precisar de um guarda-costas. As pessoas me olham de forma diferente quando estou sozinha e quando estou acompanhada por um homem. Além das suposições machistas que fazem dentro de suas cabeças, existe o triste problema da falta de limites física. 
O medo da minha mãe se deve mais ainda ao fato de saber que vários homens se valem da força física (em geral, maior que a das mulheres) para conseguir o que querem como se fossemos meros brinquedinhos.
Eu estive me observando há algum tempo, e percebi que eu também tenho certo medo. Quando estou sentada no ônibus, eu torço para que uma mulher sente ao meu lado e não um homem, e quando subo no ônibus é a mesma coisa. Quando estou andando na rua e vejo alguém caminhando bem próximo a mim, sinto um alivio por ver que é uma mulher e aperto o passo ou me afasto mais quando vejo que é um homem. 
Por essas situações e algumas outras que eu vejo o limite da nossa liberdade. Por mais que eu não deixe de ir nos lugares por causa dessa pressão, sinto como se estivesse com menos paz do que deveria. Não tenho o direito e ir e vir em paz porque sei que homens sem respeito algum existem.
Quantas mulheres abrem mão do seu direito de ir e vir por se sentirem coagidas no dia a dia com olhares, gracinhas e investidas grosseiras? Nesse crime do cotidiano, infelizmente quem paga é a vítima.

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A razão de existir.

Oi, galera.
Essa primeira postagem se refere a razão de existir deste blog. 
Eu tenho me sentindo muito incomodada com algumas convenções e hipocrisias presentes no cotidiano. As pessoas fecham os olhos e simplesmente deixam de refletir sobre tradições equivocadas que são transmitidas ao longo das gerações.
Cada vez mais tenho me questionado se estou de fato no século XXI. Em pleno 2015, as pessoas são machistas, homofóbicas, racistas e preconceituosas das piores formas possíveis. 
O que mais tem me incomodado é a questão da negação. Quase ninguém assume sua postura patriarcal e dominadora, mas coloca as mulheres sempre sob o olhar do julgamento com base nos padrões que carrega há anos.
Sou mulher branca e heterossexual. Minha causa basicamente é o feminismo por me incluir nessa minoria oprimida. Porém, tenho total interesse pelas demais causas. 
É hora de se unir e mostrar ao mundo suas incoerências e falhas. Eu quero viver num lugar em que eu me sinta verdadeiramente livre e dona das minhas decisões. Não aguento mais ser julgada de forma diferente que um homem, mesmo fazendo a mesma coisa que ele. Chega de hipocrisias! 
Não só na questão da luta feminista, o propósito deste blog é refletir sobre o ciclo vicioso de desrespeito, preconceitos e discursos elitistas. Analisar, através de uma ótica crítica, costumes, tradições e brincadeiras cotidianas que perpetuam preconceito e opressão às minorias. 
O objetivo é denunciar as intenções sujas escondidas por trás das aparências. Mostrar como os valores da sociedade estão equivocados, como a população é negligenciada e como nós, de modo geral, precisamos nos mobilizar por um mundo melhor.
Mesmo que se chame "Diário", não pretendo escrever todos os dias. Apenas os principais fatos do cotidiano com os quais eu estou realmente de saco cheio. 
Vou adorar a sua companhia nessa minha nova vida de registros. Vou adorar saber sua opinião e suas experiências. 

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