Oi galera!
Nossa, eu me odeio por não escrever tanto quanto antes, mas ok.
Eu estava tomando banho e pensando (para variar) e lembrei que este mês (mais precisamente dia 1) fez um ano que estou solteira. "É motivo de alegria?" Sim. "Oh, como você é sem-coração!" Bitch, please.
Não é a primeira vez que falo sobre o meu último namoro cheio de NÃOS e MIMIMIS. Portanto, ter saído dessa relação (depois de ter me acostumado com ela havia três anos) foi algo glorioso para mim. Acredite, sair de uma situação dessa é bem difícil. Conhecer a família da pessoa que mora na puta que pariu, ter amizade com xs tixs, primxs e outros parentes é bem complicado também e piora muito o término quando você pensa na aceitação que já teve e como vocês se dão bem... parece que essa foi uma sorte única na sua vida. Tudo babaquice. Existem inúmeras famílias legais que irão com a sua cara, e se não forem, foda-se!
A questão na verdade era o que eu tirei de lição dessa minha fase (muito importante da vida). Então agora eu mostro meu lado filosofa e reflexiva.
Não vou ser ingrata e dizer que foram anos totalmente horríveis e etc. Nem sequer apaguei todas as fotos, porque acredito que seria um insulto aos bons momento que eu vivi, independente de estar acompanhada ou não. E até mesmo um insulto com meu ex que, com todos os defeitos, também tinha qualidades (como todo ser humano) e foi importante para mim.
Eu costumo comparar as pessoas a tijolos. Não importa se a pessoa foi legal ou filha da puta com você, ela passou pela sua vida e te ensinou alguma coisa. Dessa forma, ela ajudou a moldar a pessoa que você passou a ser dali para a frente. A pessoa se tornou um tijolo que ajudou (de forma boa ou ruim) a construir quem você é. Não importa se você odeia ela ou não, não tem como tirá-la da sua vida.
Eu não tento tirar meus namoros da minha vida. Eu vivi bastante coisa e aprendi demais! Hoje, sou uma pessoa totalmente diferente, mas se não tivesse passado pelas coisas que passei, talvez eu fosse igual eu era antigamente. Amadurecimento não se adquire só com acertos.
Eu acho sim que comecei a namorar cedo demais. Uma pessoa de 14 anos não tem condições de escolher um amor para sua vida inteira. Mas acho também que ter começado cedo me deu a chance de aprender várias coisas a tempo de acertar na próxima vez. Terminei com 17 anos e isso ainda é bastante cedo, então eu tenho como errar algumas vezes ainda.
Hoje, eu não erraria as mesmas coisas de antes. Fala sério! Tem tanta coisa para errar, tem que cometer erros diferentes. Óbvio que não foi um processo consciente quando acabei permitindo que controlassem meus amigos, roupas, rolês e horários. Mas, hoje, eu teria um cuidado maior em reservar meu espaço para que não acabasse virando uma meio-marionete novamente.
Namorar não pode ser uma condição imutável e é preciso ter consciência disso. Namorar é uma escolha que se faz todos os dias quando você percebe que ainda quer aquela companhia com você (não vou dizer "se apaixonar todos os dias pela mesma pessoa" porque já é forçar a barra). Aquela mania idiota que acontece nos relacionamentos de dizer "não gostei, apaga" ou "não gosto delx, para de ser amigx da pessoa" é o fim da picada!
Primeiro, vamos confiar nx parceirx né? Segundo, insegurança é broxante! Terceiro, ESPAÇO e LIBERDADE são fundamentais.
Achar que o namoro é uma condição fixa e que tudo além dele pode ser modificado para o bem do relacionamento é FURADA! Por isso que eu disse que a escolha do namoro deve ser feita todos os dias quando você olha para a pessoa e mesmo que você não goste dos seus amigos ou coisas dessa espécie, você quer estar com ela, e não pedir para ela escolher entre os amigos e você!
Moral da fucking história: namorar (para mim) é uma ESCOLHA, não a compra de uma camisa de força!
Ser solteira é decidir se eu saio hoje ou não, escolher meus amigos, decidir onde e que horas volto, comprar as roupas porque EU gosto e falar besteira sem ouvir mimimi. Resumindo, foi uma carta de alforria. Logo, eu comemorei sim. Hoje, com muito mais aprendizado eu enxergo as coisas de uma forma muito diferente.
"Ah, mas quando você ama, você não consegue terminar!". Amor é querer bem, querer perto e querer feliz. Amor não é uma coisa tão rara assim. Você pode ver amor na vida como um todo e ver amor nas coisas mais simples da sua vida. Eu, por exemplo, vejo amor no ato de me arrumar, pegar meu fone de ouvidos e sair pela rua andando com trilha sonora, como nos filmes. Eu vejo amor em deitar na rede com um livro. Eu vejo amor em tantas coisas... Eu veria amor em me sentir bem perto de alguém e não em ser prisioneira de uma dependência cujo apelido recebido foi "amor". Namoro causa uma sensação de dependência, que nada mais é do que o costume de estar junto. O fato de ter feito planos incluindo aquela pessoa também dá a impressão de que há um "amor". Para mim, amor é escolha (às vezes, uma escolha bem difícil). Olhar para a pessoa que te causa mal e pensar que a ama, isso é dependência! Olhar para alguém que te causa o bem e amá-la é escolha, é racional e é saudável. Romper a inércia de um relacionamento longo de bosta é bem difícil. Eu fiquei bem orgulhosa de ter conseguido enxergar que amor mesmo é o que eu sentia por mim o bastante para abandonar o "costume" de estar junto de quem queria me mudar.
Acho que é isso, povo. Beijos de luz :*
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