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Minha tatuagem feminista

Oi people
Bem, dia 20 de abril, eu fiz minha primeira tatuagem que é o símbolo do feminismo, que significa muito para mim. Eu não me arrependo nem um pouco e acredito que jamais irei. Acontece que algumas pessoas a minha volta têm tirado conclusões precipitadas e têm julgado demais para quem me conhece de menos.
Os olhares meio tortos para minha tatuagem e piadinhas envolvendo o termo "feminazi" me mostram como as pessoas conhecem pouco da ideologia e mesmo assim abrem a boca para "criticar". 
Um garoto da minha sala teve a brilhante e educada ideia de me falar em tom de brincadeira, para disfarçar a intenção das suas palavras, "você fez uma tatuagem do feminismo... para que isso? Você tem problema mental?". Primeiro, eu queria esclarecer que não existe NECESSIDADE em se fazer tatuagens, necessidade é algo vital como se alimentar. Logo, se eu fiz a minha tatuagem foi simplesmente porque EU QUIS.
Em segundo lugar, o Aécio (rs).
Em terceiro lugar, eu tenho certeza que se eu tivesse tatuado uma flor/estrela/borboleta ou qualquer coisa mais genérica assim, as pessoas me perguntariam menos o porquê de ter tatuado isso. A resposta seria bem óbvia do tipo "porque eu gosto de tal coisa, oras". Agora, quando eu tatuo algo que tem todo um significado e uma ideologia por trás, as pessoas acham mais "desnecessário". Faz sentido? Não.
E por último, eu acho engraçado as pessoas não saberem nada da minha vida e das minhas histórias e virem me julgar pelo que eu faço do meu corpo. Mais uma vez, mesmo se eu não tivesse história alguma, eu ainda tenho todo direito de tatuar qualquer coisa no meu corpo. Mas, tendo meus motivos para me identificar com a causa, eu tenho muita razão para querer eternizar isso no meu corpo, eu tenho muito orgulho do meu posicionamento e eu tenho muito orgulho da minha luta. Para quem pouco me conhece, as pessoas estão julgando demais.
Eu, sinceramente, acho que não tenho mais paciência com certas atitudes das pessoas. Não me considero melhor que ninguém, apenas acho que a vida me fez ter valores e modos de pensar diferentes das pessoas da minha idade. Vejo poucas pessoas a minha volta que se engajam em causas politicas e ideológicas, acho que isso influencia bastante na forma como cada um de nós vê o mundo. Talvez por essa razão as pessoas acham meio aleatório, mas acontece que da minha vida e das minhas causas sou eu quem tem que achar alguma coisa.



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Como medir o mundo

Olááááa! :D

Hoje, eu vou contar uma coisa muito bacana que aprendi. Não é barraco nem crítica ácida contra ninguém dessa vez.
Estava eu em Sampa City com uma das minhas melhores amigas, ela é maravilhosa e está fazendo Direito numa faculdade top! Um professor dela a ensinou o sentido de uma frase bastante conhecida, mas pouco entendida: "O homem é a medida de todas as coisas". Entenda-se por 'homem' como ser humano e não como sexo masculino, por favor.
A explicação foi que se você acha que todos a sua volta vão te trair, é porque você trai os outros. Se você acha que sempre estão tentando te passar para trás, é porque você passa os outros para trás. Se você acha que todos são bonzinhos é porque você é bonzinho com os outros. Dessa forma, você é a medida de todos a sua volta.
Eu achei extremamente interessante! Geralmente, eu sempre sou feita de idiota porque confio demais nas pessoas e nunca tive vergonha de dizer isso. Por duas vezes conheci gente que era uma coisa e se passava por outra e eu nem suspeitei, afinal de contas "para que a pessoa teria necessidade de mentir?". Hoje, eu entendo que o fato de ser extremamente sincera e direta faz com que eu não desconfie que as pessoas estejam me falando mentiras.
Sinceramente, e quem me conhece de verdade sabe, eu não levo jeito para mentir. Eu não me sinto bem! Quando conheci as duas figuras infelizes do Tinder que tinham namorada e noiva, eu os disse no primeiro encontro "não quero nada sério". Eu não liguei que pudessem me chamar de puta (como realmente fizeram depois) e me julgar, eu só liguei de ser sincera e não brincar com os possíveis sentimentos de alguém (porque sim, eu ainda acredito que sentimentos existam... o que, segundo minha temática, significa que eu tenho sentimentos). Eu tenho consideração pelas pessoas, porque no fundo, espero que elas tenham consideração para comigo.
Parece meio fantasioso, e eu realmente começo a acreditar que seja. Ser bom não leva a caminhos muito agradáveis. Não vou negar também que depois de várias decepções eu aprendi a desconfiar bem mais, o que não significa necessariamente que eu tenha me tornado alguém que não merece confiança. 
Meu ex-namorado era extremamente ciumento! Puta que pariu, como era insuportavelmente ciumento, mas ele era confiável (e eu tenho muitos defeitos para falar dele, mas esse não posso dizer porque seria injusto). Ele nunca me traiu e jamais trairia. Eu digo isso com a certeza de quem conviveu muito com ele por três anos (e se eu estiver errada, já sabem, é porque jamais trairia alguém também, mas brincadeira, ele era correto nisso mesmo). A questão do ciúmes dele se devia ao fato dele ter sofrido algumas decepções antes de mim, com meninas que diferente de mim, não eram confiáveis e leais. É o mesmo raciocínio dos imbecis que conheci no Tinder. Não tem como continuar acreditando que o mundo é lindo quando ele te dá vários tapas na cara e te manda acordar. Uma hora você acorda mesmo.

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De volta para minha terra I

Olá pessoas!
Como vai a vida? A minha vida tá meio bagunçada.
Eu vim passar o fim de semana ("vim" porque ainda estou) em Sampa! Uhuuu!
Fiquei um mês e meio fora da minha terrinha tão querida <3
Quando eu saí daqui da cidade que não dorme e fui para o interior eu chorei litros pela saudade que sabia que iria sentir. Não foi engano! MAS, o vislumbre das coisas novas e o costume da nova rotina me fizeram esquecer como é estar aqui. Esqueci a saudade, ou aprendi a conviver com ela.
Ainda assim, quando subi no ônibus para voltar para São Paulo senti uma enorme paz. Meu subconsciente sabia que eu estava indo para casa! Quando eu entrei na Marginal Tietê e vi as filas inacabáveis de carros e incontáveis luzes vermelhas acesas, eu senti uma sensação de pertencimento tão grande que é inexplicável.
Ao pisar em casa, eu senti a segurança que talvez nenhum outro lugar me dê: meu lugar no mundo é aqui. E eu não digo isso pela cidade, eu digo isso porque é a realidade da vida mesmo. A casa dos meus pais é o lugar que eu sei que sempre será de alguma forma meu e vai ser sempre meu porto seguro. 
Tocar as paredes, o corrimão, sentar nas cadeiras, tocar os interruptores e maçanetas, ligar o fogão, abrir a geladeira, olhar a louça, reconhecer a organização, tomar banho... respirar! É tudo tão diferente no seu próprio lar. Eu jamais saberia analisar tão bem a minha casa se não saísse dela por um tempo. Não digo que me tornei visita, mas estou muito mais distante. Observo cada centímetro com amor.
Pegar ônibus, metrô, trem! É incrível <3
Rever o ritmo da cidade que eu tanto conheço. Andar em shoppings, rever amigos, almoçar com a família, comer iguarias familiares, sair com a família! É tão bom não se sentir só! É tão bom ser mimada e ser amada!
Sair do shopping, pegar o ônibus e se despedir daquele lugar mentalmente. Fechar os olhos e perceber que ainda reconheço cada curva e consigo saber em que parte do trajeto estou sem nem precisar olhar. 
Não existe palavra que descreva como eu passei a observar minha cidade. Não tem palavra que demonstre o que eu sinto por ela.
Em contrapartida, eu sinto que minha mudança é parte muito importante do meu crescimento pessoal. Me adaptar a perder (ou melhor, me afastar) da minha essência, aprendendo a me descobrir mais forte e renovada todos os dias. Aprender um novo ritmo de vida, nova rotina, novas obrigações, novas paisagens. Um novo lugar para chamar de meu.
São Paulo é como uma pessoa. Cheia de defeitos que irritam muito, mas também encanta, entretêm e apaixona. Sampa surpreende a cada dia, Sampa não pára nunca, Sampa brilha à noite, Sampa é a terra das minhas mais profundas reflexões. Com toda sua imensidão, Sampa também é solitária, fria e vazia. Mesmo no meio de uma multidão, Sampa pode se mostrar assim. Cada pessoa no seu afazer e com seus problemas, num ritmo meio insano e doente, ninguém repara em ninguém. Porém, a diversidade de estilos, gostos e costumes faz dessa cidade a mais completa de todas.
Enfim, eu amo estar aqui! Mas, é muito estranho entrar na sua casa e ver que as coisas continuaram seu ciclo enquanto você não estava lá para ver. Me senti um pouco turista. Triste! Costumava ser tudo tão meu, agora é difícil se afastar tranquilamente.
Mas eu adoro  minha nova vida lá. Estou tendo a chance de construir algo e isso também me encanta. Mesmo ainda perdida, sem saber sequer onde comprar pão, é nessa cidade que dorme que eu vou viver os melhores anos da minha vida. 
Bom, essa foi uma ponta do iceberg de emoções que tive nesse feriado, obrigada por compartilharem esse momento comigo.
Amanhã: bye bye Sampa City :/

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Sobre namorar e ser solteira

Oi galera!
Nossa, eu me odeio por não escrever tanto quanto antes, mas ok.

Eu estava tomando banho e pensando (para variar) e lembrei que este mês (mais precisamente dia 1) fez um ano que estou solteira. "É motivo de alegria?" Sim. "Oh, como você é sem-coração!" Bitch, please.
Não é a primeira vez que falo sobre o meu último namoro cheio de NÃOS e MIMIMIS. Portanto, ter saído dessa relação (depois de ter me acostumado com ela havia três anos) foi algo glorioso para mim. Acredite, sair de uma situação dessa é bem difícil. Conhecer a família da pessoa que mora na puta que pariu, ter amizade com xs tixs, primxs e outros parentes é bem complicado também e piora muito o término quando você pensa na aceitação que já teve e como vocês se dão bem... parece que essa foi uma sorte única na sua vida. Tudo babaquice. Existem inúmeras famílias legais que irão com a sua cara, e se não forem, foda-se!
A questão na verdade era o que eu tirei de lição dessa minha fase (muito importante da vida). Então agora eu mostro meu lado filosofa e reflexiva. 
Não vou ser ingrata e dizer que foram anos totalmente horríveis e etc. Nem sequer apaguei todas as fotos, porque acredito que seria um insulto aos bons momento que eu vivi, independente de estar acompanhada ou não. E até mesmo um insulto com meu ex que, com todos os defeitos, também tinha qualidades (como todo ser humano) e foi importante para mim.
Eu costumo comparar as pessoas a tijolos. Não importa se a pessoa foi legal ou filha da puta com você, ela passou pela sua vida e te ensinou alguma coisa. Dessa forma, ela ajudou a moldar a pessoa que você passou a ser dali para a frente. A pessoa se tornou um tijolo que ajudou (de forma boa ou ruim) a construir quem você é. Não importa se você odeia ela ou não, não tem como tirá-la da sua vida. 
Eu não tento tirar meus namoros da minha vida. Eu vivi bastante coisa e aprendi demais! Hoje, sou uma pessoa totalmente diferente, mas se não tivesse passado pelas coisas que passei, talvez eu fosse igual eu era antigamente. Amadurecimento não se adquire só com acertos.
Eu acho sim que comecei a namorar cedo demais. Uma pessoa de 14 anos não tem condições de escolher um amor para sua vida inteira. Mas acho também que ter começado cedo me deu a chance de aprender várias coisas a tempo de acertar na próxima vez. Terminei com 17 anos e isso ainda é bastante cedo, então eu tenho como errar algumas vezes ainda.
Hoje, eu não erraria as mesmas coisas de antes. Fala sério! Tem tanta coisa para errar, tem que cometer erros diferentes. Óbvio que não foi um processo consciente quando acabei permitindo que controlassem meus amigos, roupas, rolês e horários. Mas, hoje, eu teria um cuidado maior em reservar meu espaço para que não acabasse virando uma meio-marionete novamente.
Namorar não pode ser uma condição imutável e é preciso ter consciência disso. Namorar é uma escolha que se faz todos os dias quando você percebe que ainda quer aquela companhia com você (não vou dizer "se apaixonar todos os dias pela mesma pessoa" porque já é forçar a barra). Aquela mania idiota que acontece nos relacionamentos de dizer "não gostei, apaga" ou "não gosto delx, para de ser amigx da pessoa" é o fim da picada!
Primeiro, vamos confiar nx parceirx né? Segundo, insegurança é broxante! Terceiro, ESPAÇO e LIBERDADE são fundamentais.
Achar que o namoro é uma condição fixa e que tudo além dele pode ser modificado para o bem do relacionamento é FURADA! Por isso que eu disse que a escolha do namoro deve ser feita todos os dias quando você olha para a pessoa e mesmo que você não goste dos seus amigos ou coisas dessa espécie, você quer estar com ela, e não pedir para ela escolher entre os amigos e você!
Moral da fucking história: namorar (para mim) é uma ESCOLHA, não a compra de uma camisa de força!
Ser solteira é decidir se eu saio hoje ou não, escolher meus amigos, decidir onde e que horas volto, comprar as roupas porque EU gosto e falar besteira sem ouvir mimimi. Resumindo, foi uma carta de alforria. Logo, eu comemorei sim. Hoje, com muito mais aprendizado eu enxergo as coisas de uma forma muito diferente.  
"Ah, mas quando você ama, você não consegue terminar!". Amor é querer bem, querer perto e querer feliz. Amor não é uma coisa tão rara assim. Você pode ver amor na vida como um todo e ver amor nas coisas mais simples da sua vida. Eu, por exemplo, vejo amor no ato de me arrumar, pegar meu fone de ouvidos e sair pela rua andando com trilha sonora, como nos filmes. Eu vejo amor em deitar na rede com um livro. Eu vejo amor em tantas coisas... Eu veria amor em me sentir bem perto de alguém e não em ser prisioneira de uma dependência cujo apelido recebido foi "amor". Namoro causa uma sensação de dependência, que nada mais é do que o costume de estar junto. O fato de ter feito planos incluindo aquela pessoa também dá a impressão de que há um "amor". Para mim, amor é escolha (às vezes, uma escolha bem difícil). Olhar para a pessoa que te causa mal e pensar que a ama, isso é dependência! Olhar para alguém que te causa o bem e amá-la é escolha, é racional e é saudável. Romper a inércia de um relacionamento longo de bosta é bem difícil. Eu fiquei bem orgulhosa de ter conseguido enxergar que amor mesmo é o que eu sentia por mim o bastante para abandonar o "costume" de estar junto de quem queria me mudar.
Acho que é isso, povo. Beijos de luz :*

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