Tecnologia do Blogger.

A força feminina em Game of Thrones

    Bom, quando falo de Game of Thrones, me refiro ao seriado. Nunca li os livros da saga e não pretendo fazê-lo. Entretanto, a idéia que muitas pessoas têm de que “é preciso ler o livro para entender” os filmes, e neste caso, o seriado é errada. Cada obra deve se completar por si só, e não criar dependência para sua compreensão.
    Vamos direto ao ponto! GoT é um seriado que demonstra uma época medieval, com guerras e disputas pelo trono dos Sete Reinos. Por ser medieval, demonstra o machismo da sociedade da época, mulheres seres estupradas à luz do dia, mulheres tendo que conviver com a traição explícita do marido, mulheres sendo tratadas sem valor pelo fato de serem prostitutas, mulheres que sofrem preconceito por assumirem cabelos curtos e empunharem uma espada, mulheres que foram tratadas desde o nascimento, de forma diferente que seus irmãos, mulheres que são tratadas como objetos e obrigadas a se casar com pessoas que não querem.
    Mas tudo isso está dentro do que se espera de uma sociedade medieval. O que me chamava atenção dentro do GoT (antes de acabar de ver todas as temporadas) eram as mulheres fortes, que iam contra o fluxo e conquistavam seus lugares. O seriado em questão é um grande exemplo de como mulheres podem ser fortes numa sociedade totalmente hostil.
    A pequena Arya Stark que desde jovem quis empunhar uma espada ao invés de aprender a dançar e “portar-se como uma dama”. Essa menina é uma forte demonstração de que comportamentos não são ligados ao gênero, e a garota não se deixou afastar de suas preferências por conta das cobranças a sua volta.

    A tão odiada Cersei Lannister que, embora seja uma personagem “má”, é um outro exemplo de força feminina em GoT. Em um episódio, Cersei diz sobre como fora tratada diferente de seu irmão gêmeo e futuro amante, Jaime Lannister, desde o momento em que nasceram. Enquanto o irmão era treinado a lutar, ela deveria sorrir e agradar.

    Brienne de Tarth é uma figura literalmente forte. É uma guerreira de cabelos loiros e curtos que luta e vence diversos homens ao longo da série. Sendo julgada por sua aparência e alvo de piadas sobre não ser desejada por homens, Brienne passa por esses bombardeios e mostra que “lutar como uma mulher” é uma grande honra.

    A mãe dos dragões, Daenerys Targaryen, é uma das figuras mais fortes do seriado. Daenerys luta para reconquistar o trono que um dia foi de sua família e assumir como rainha. Para isso, ela consegue formar exércitos e conquistar cidades, libertando escravos e se tornando uma figura decisiva na vida de milhares de pessoas. Tendo coragem de enfrentar homens influentes, donos de escravos e chefes de cidades.

   Na série também é possível identificar marcas de sororidade. Como na relação entre Sansa Stark e Margaery Tyrell, em que ambas estiveram comprometidas com o mesmo rapaz (monstro).


    E também na relação entre Daenerys e Missandei. Em que a mãe dos dragões liberta da servidão, protege e se torna amiga de Missandei. 

    Durante a série, várias outras mulheres são marcantes por sua força, inteligência e atitude.






    Game of Thrones não seria o que é se não fossem suas mulheres corajosas. Mulheres que lutam por sua família, por seu povo, que orientam homens para conquistar o trono e que assumem sua identidade e não se envergonham de suas origens. Por viverem em sociedades tão machistas, as vencedoras de Game of Thrones são essas mulheres.

Curtam no Face fb.com/diariosemhipocrisia
Curta no botão abaixo.

0 comentários:

Postar um comentário

Diário sem Hipocrisia Copyright © 2013 - Todos os Direitos Reservados