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Internet e Feminismo

Recentemente, vi uma matéria da Globo, gravada em um bloquinho de carnaval, cujo assunto era o assédio sexual que as mulheres sofrem. Na matéria foram ouvidos homens e mulheres a respeito do tema e a mensagem no final era de que o homem deve entender que não é NÃO. Ótima matéria, aplaudo de pé a atitude da emissora (que tem grande alcance e influencia na população). 
Após assistir a isso, fiquei refletindo sobre como seria nossa luta sem a internet. Será que essa matéria estaria no ar? De uma mídia que tem a coragem de fazer enquetes perguntando se as pessoas aprovam ou não o beijo forçado e se as mulheres com roupas curtas merecem ou não ser estupradas será que receberíamos o pingo de visibilidade que estamos recebendo hoje?
É engraçado como nos esquecemos de como a informação se difundia de forma mais censurada, alterada e lenta antes da popularização da internet e do crescimento do número de redes sociais. 
Ainda hoje, nessa era de tanta comunicação onde podemos explicar pontos de vistas e sermos ouvidos por milhares de pessoas ao mesmo tempo, muitos não sabem direito o que é o feminismo. Mesmo que as fontes de informação estejam na ponta dos dedos, as pessoas têm ideias distorcidas dos valores e objetivos da luta das mulheres. Consegue imaginar como seria se ainda hoje não houvesse a internet?
Os elos entre indivíduos de todos os cantos que as redes como o Facebook criaram, foram de grande valia para a emancipação das mulheres. Quantos casos de violência e assédio deixariam de ser expostos e denunciados? Quantas mulheres deixariam de se encorajar a partir dos depoimentos das outras? Quantas mulheres tomariam consciência dos seus direitos e perceberiam que estão em relacionamentos abusivos? Quantas mulheres continuariam em depressão acreditando que a culpa foi delas?
Além de proporcionar mais informação às mulheres, a internet também permitiu que mais discussões fossem estabelecidas. Discutir as diferenças salariais, por exemplo. Em certos casos, a internet acaba por corrigir os machismos da televisão. Enquanto certas emissoras usam sua influência para mostrar o caso de uma mulher que é pega traindo o marido e transformam-na em chacota nacional, a internet acaba por servir de advogada refletindo "e se fosse a mulher encontrando o marido no motel com outra, estaria na TV?". E mais, com certeza não foi o número de matérias sobre feminismo na televisão brasileira que levaram o tema de "violência contra a mulher" ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Não que a internet seja um mar de rosas onde só existem pessoas críticas e justas. Nela também encontramos os discípulos de Bolsonaro, Malafaia e Feliciano; pessoas que insistem em mandar mulher lavar louça; pessoas que dizem que estávamos pedindo e que merecemos as violências que nos cercam. Mas a internet proporciona coisas tão boas para nós, que por mais que exista muita gente misógina nos atacando, a internet ainda assim serve para evidenciar e expor ao mundo porquê precisamos sim do Feminismo.
Embora ainda vejamos muito machismo e misoginia na grande mídia, sabemos que ao abrir o notebook ou pegar o celular, encontramos uma comunidade de irmãs que se entendem e apoiam. Mulheres que, unidas pela sororidade, empoderam todas as gerações e lutam para mudar o mundo!



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